quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Guerra.




O céu não esconde nada do limite humano, que é perfurado a cada dia por nossa curiosidade. A cada invenção criada, colocamos em nossos pés uma mina pronta para explodir. Olhos cegos e guiados por correntes de poder, surdos aos olhos de quem gritam.  Nações se unem para proteger falsos tesouros: território, petróleo, tecnologia... Nossas mãos estão embebedadas por sangue de nossos irmãos, abatidos pelo egoísmo.  O inocente bebe veneno para justificar sua existência humilde. 
Fizemos pensamentos grotescos através de gerações, eles evoluíram nossa percepção de ideias e mesmo assim continuamos a tomar a mesma atitude: indiferença.
E lá se encontra mais uma criança com fome perante a uma guerra que o mundo se sente apático à situação e só reforça o sofrimento. 

sábado, 24 de setembro de 2011

O Líder.

Minhas palavras são roubadas; meus pensamentos copiados.
Subo as grandes escadas da vida. Paro às vezes para desfrutar minha biografia, para escutar os pássaros, para ouvi-los cantar. Logo o inverno vai virar primavera. E continuo sendo a doença, a virtude e o  grande exemplo do mundo.  E isso não vai parar. Vou padecer, tolerar e suportar a inabilidade de diversos cantos e direções.  Cometer um erro é fatal na minha vocação.  Julgado e aniquilado serei por meus comparsas. E um novo líder vai surgir e não serei eu. 

sábado, 3 de setembro de 2011

A esperança de um padecente.


Uma intuição, surgindo no fundo de meus ossos. As mesmas visões. Cada cicatriz representa a aversão desbotada de desconfiança. Absolutamente nenhuma certeza em si mesmo. O ódio penetra na mente do passado e distorce uma realidade. Culpar o tempo.
A doença mental se deforma. Enquanto que no transe ela se deixou sangrar. O ódio e a culpa são agora a intolerância do auto-infligido.
Sua vida é um presságio de tentativa de destruição.  Na premonição deixamos uma esperança amiga a ser encontrada. Isto será o suficiente para se manter estável.

sábado, 27 de agosto de 2011

A prisão da amizade.



Bloqueio-me nos cantos mais escuros. Cobrindo-me longe de seus olhos e ouvidos.  Gritando e me apegando a cada grito.  Esperando a chegada da anti-esperança.  Desejando a queima da essência de sua alma gelada. Eu vi um vislumbre de pesar em seus olhos, mas você continuava com esse seu rancor que matou o seu vigoroso e reluzente brilho. E só me restava tormento.

Com sua ignorância, você me deixou cair no pior dos infernos e me perder no mais perigoso labirinto. Sabia que estava lentamente me perdendo dia após dia. Consumi a mente a forçar-me a permanecer ao seu lado. Porque ainda sonho que poderia ser capaz de ajudar.  Mas eu consegui achar o impossível.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Um herói imortal.


A fundo de uma piscina adentra expande a profundidades incomensuráveis. Uma vela a tremer dentro da minha fraca compreensão . Criar um fechamento a uma distância intransponível. Aqueles redemoinhos, tornos e anseios correspondem representações do espelho da estabilidade da minha alma.
Tantos mortos, ganho tão pouco para o desbloqueio deste bloqueio.
A piscina de sangue em vista se expande a alturas intransitáveis. O grito de inúmeras vítimas afogadas no mergulho da insanidade humana.
Se você cair seu nome será gravado nas pedras das águas. Imortalidade na teologia filosófica, representatividade.
A danação encontrada dentro do vazio desolador de uma luta desesperada de encarceramento. 

terça-feira, 10 de maio de 2011

Coração de vidro.

Espalhados ao redor de meus pés, sonhos são quebrados. Tal como o vidro, brilhante e nítido. Tenha cuidado! Não ande descalço, ou você irá se machucar. Eu posso te ver, mas não te alcançar. Não quero sangrar mais pedaços de mim mesma. Fantasias acabadas. Um coração de vidro delicado.

domingo, 1 de maio de 2011

Nossa Parceria.

Partilhamos uma doce escravidão. Encarcerados um pelo outro. Apertados, vinculados, alegria, pura emoção.
Somos dois alquimistas, cujo segredo é o trabalho de transformar ódio em amor. O simples ato de mudar opiniões. O modo de radicalizar corações. 

Separando Mágoas.

Desamparado num mundo de cotoveladas. A doença secreta berrou. Os gritos ecoaram. As barragens corroeram. O espírito entristeceu. Os restos estragados. Um fantasma atormentado. Perverso estado de espírito. Estigmas em minha pele, mas não são boas, nunca são. Vou me divorciar dessa depressão, e vai ser hoje.  

sábado, 23 de abril de 2011

Chamas de Eros.

Ela estava sorrindo para eles, seu coração cheio de alegria inocente e seu orgulho por suas realizações.
Quando o fogo do ciúme se lançou a seus pés lentamente. Meticulosamente ela tentava apagar o ardor em seu coração. Acender a alegria e não manchar a beleza.
Ela pisa em sua essência furiosamente. Ferozmente determinada a não deixar esse sentimento ganhar. Mesmo com uma pequena voz nas chamas pedindo socorro, ela estava determinada a matar essa emoção.
As brasas permanecem quentes contra suas solas, lembrando a sua sensibilidade ao amor. 

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Morte.

Fuga de uma realidade. Contínuo de um sonho. O fim da vida, ou assim parece.
Alma sem corpo. Parece sombrio. Apenas um subterfúgio. A perda do seu maior membro, seu corpo.
Não podemos fugir. Não podemos ultrapassar. Não podemos apenar dizer ‘não vou morrer’.
A morte é verdadeira. Colhe a todos, um por um. Todos nós vamos ceder um dia.